Ao acaso
Creio, copio, acuso,
corro, critico... Não me calo!
Crio caso!
Caso queiras, até caso.
Cobro carinhos
carícias
cuidados...
Curto a vida e
quando quero colo,
corro pra casa.
Um poema ligeiro - daqueles que te vencem por knockout - feito às bases do bom e velho estilo palavra-puxa-palava. Entretanto, é importante ressaltar que a falta de métrica e rima é compensada por esse vai-e-vem de sílabas num ritmo meio staccato e pela exploração das possibilidades semânticas da palavra caso.
Desenrolando-se por entre cês - creio, copio, acuso, corro, critico, calo (suspeito até que o calo tenha sido causado por tanta repetição), crio, caso e, ufa, etc. -, o ritmo, como dito, inicia-se truncado, em notas breves - criando caso? -, e se revela prestíssimo nos versos finais, correndo pra casa. Sua velocidade lembrou-me de Cacaso ("poesia rápida como a vida"):
Desenrolando-se por entre cês - creio, copio, acuso, corro, critico, calo (suspeito até que o calo tenha sido causado por tanta repetição), crio, caso e, ufa, etc. -, o ritmo, como dito, inicia-se truncado, em notas breves - criando caso? -, e se revela prestíssimo nos versos finais, correndo pra casa. Sua velocidade lembrou-me de Cacaso ("poesia rápida como a vida"):
Poesia
Eu não te escrevo
Eu te Vivo
E viva nós!
A musa (leia-se poesia) manhosamente inicia os versos. Cobra carinhos e carícias, faz-se de difícil, mas revela seu desejo: o colo de um bom leitor que a percorra com muito cuidado.
O blog: http://lailaco.blogspot.com/